Quantas vezes a Palavra nos fala dos talentos que Deus semeou de mãos cheias no coração de cada um de nós, com um enorme potencial para dar frutos, se nós fizermos a nossa parte para faze-los crescer e amadurecer com seriedade e empenho.
A riqueza de uma comunidade não reside numa pessoa inteligente que consegue fazer tudo e organizar tudo, mas na harmonização para o bem comum de todos os dons e talentos que ela tem, colocando-os ao serviço da comunhão.
Assim, cada nosso talento trabalhado à luz do amor, torna-se dom para os outros e motivo de crescimento também para nós, realizando-nos como pessoas e como cristãos.
E isto é essencial! Na verdade, se acreditarmos profundamente que todos somos membros de uma comunidade de irmãos, os nossos talentos não são só para nós, mas para todos e todos têm direito à sua beleza e riqueza.
Porquê odos nós precisamos dos talentos dos outros, assim como os outros precisam dos nossos talentos. Por isso, todo talento que não for ajudado para frutificar fará falta a todos, porque o que eu tive o dom de poder realizar, se não o fizer, ninguém mais o fará: cada um de nós é único no universo!
Então é fundamental «fazer frutificar os nossos talentos».
Na minha vasta experiência como sacerdote e pároco, quantas pessoas de enorme potencial passaram por mim e infelizmente, apesar dos convites mesmo constantes, quantos não e quantas desculpas recebi.
Assim infelizmente eles foram por caminhos de fechamentos e interesses, terminando suas vidas por conta e sozinhas em profunda tristeza: eles simplesmente abortaram o projeto de Deus sobre eles...
E não tendo feito frutificar seus talentos, até hoje levam uma vida sem cor, feita de arrependimentos e insatisfações, ciúmes e tristezas profundas...
Quando ao invés, quanto bem eles poderiam ter feito!
Então, como dizem os brasileiros: "mãos à obra", fazendo com que nossos talentos deem frutos, ajudaremos muitos ao nosso redor a se realizarem e nós mesmos também... nos sentiremos plenamente realizados.
Pe. Nino Carta
02.09.2023