Uma das frases mais famosas sobre o amor, que nos remete a Santo Agostinho, é esta: “Ame e faça o que quiser”, porque o amor nada mais é do que fazer o bem sempre, com todos e em todas as circunstâncias.
Um dia, um aspirante a monge perguntou a um ancião qual era o melhor sistema social e económico: comunismo, capitalismo ou democracia.
A resposta foi envolvente e profética: “Quem tem um coração de ouro e por isso sempre sabe amar, faz qualquer sistema funcionar bem. Para quem não ama, porém, não existe sistema que funcione!
Porque no amor há tudo o que é essencial para humanizar a vida, os pensamentos, as ideologias, os sistemas políticos e os caminhos eclesiais”.
Se amamos, fazemos sempre o bem, porque o que queremos sempre será amor.
Na verdade, o amor nunca é egoísta, violento, déspota e dominador, mas sim plena liberdade, harmonia e alegria dentro de nós e ao nosso redor.
Um exemplo um tanto banal, mas que pode dar uma ideia!
O que um açougueiro vê em uma vaca ou em uma ovelha? Claro, ele vê carne para abate.
Mas se por acaso ele mudar de profissão ou quem sabe se tornar...vegano, certamente não veria as vacas e as ovelhas como antes.
Mas a vaca e a ovelha são sempre a mesma coisa: é ele que tem tem mudado!
Eis o que acontece quando o amor inunda a nossa vida: já não estamos interessados no ganhar, no lucro, mas o coração aprende a amar gratuitamente, sem esperar nada em troca.
O verdadeiro amor é como uma grande rodovia, que tem todas as pistas em um sentido, e não se importa se não há outras pistas vindo na direção oposta.
Se estiverem, tudo bem, ótimo, mas o importante é que não faltem pistas em direção à nossa meta.
Quem ama assim é sempre invencível, porque o coração e toda a vida sempre têm o amor como direção e com grande espanto descobre cada dia mais que há mais alegria em dar do que em receber.
E, verdadeiro milagre que não acaba, quando se ama, o bem parece surgir até... do nada.
Isso mesmo gente: mistérios do amor!
Vamos amar, então!
Pe. Nino Carta
18.09.2023